Está esperando o que, jogador?

Se você quer fugir da realidade da sua profissão como jogador de futebol, te aconselho a parar por aqui e voltar a viver sua rotina de sempre.  

Este texto não tem o intuito de motivar. Entendemos que em qualquer profissão existem funções que precisam ser executadas em alto nível para que a probabilidade do indivíduo de ser bem-sucedido aumente. Vamos apenas informá-los sobre a difícil tarefa de ter uma carreira de sucesso como jogador de futebol. Se essas informações, de alguma maneira, mexerem com você o suficiente para que mude sua postura, comportamento, atitude e dedicação, ótimo! Caso contrário, espero que o seu nível já seja top.

De acordo com dados coletados pela Confederação Brasileira de Futebol, existem aproximadamente 742 clubes profissionais de futebol no Brasil. Se adicionarmos os 385 clubes amadores, totalizamos 1127 clubes que dão a oportunidade para atletas de futebol masculino mostrarem todo o seu talento.

De todos esses clubes, vamos considerar por baixo que cada um deles possui pelo menos 3 categorias, podendo ser do sub-13 até os profissionais. Cada categoria, em média, possui 25 jogadores. Se fizermos a matemática, 1127 clubes multiplicado por 3 categorias, multiplicado por 25 atletas em cada categoria, totalizamos 84.525 praticantes do futebol no Brasil.

Desse número total, sabemos que apenas 1% desses jogadores se tornam profissionais. Ou seja, 845. Desse número extremamente baixo, apenas 3% deles recebem mais do que R$5.000,00/mês exercendo a profissão. Isso significa que dos 84.525 jogadores de categorias de base e profissional no Brasil, 25 (sim, 84.500 ficam para trás) recebem mais do que 5 salários mínimos jogando futebol.

Agora você, que já está treinando em algum clube, sabe o que isso significa? E você, que trabalha com os atletas de futebol, como isso te impacta?

Nada mais justo do que uma analogia com outra profissão extremamente concorrida no mercado de trabalho.

Dados coletados no site Soul Medicina, nos informa que, ao considerarmos as melhores faculdades públicas no Brasil para o curso de medicina, o índice de aprovação fica entre 1% e 2%. Ou seja, a cada 1.000 vestibulandos para o curso, 1 ou 2 serão aprovados. Índice baixo de aprovação e eles não param por aí. Após passar mais de 6 anos na universidade, existe ainda o período de residência que a grande maioria dos médicos passam para efetuar sua especialização. Para ingressar em um hospital como residente, além da prova que os recém-formados realizam, eles fazem mais 1 ou 2 anos de cursinho para se prepararem. De acordo com a AREMG (Associação de Apoio a Residência Médica de Minas Gerais), em 2020, dos 38.202 candidatos para a residência nos hospitais de Minas Gerais, apenas 1.749 vagas estavam disponíveis. Apenas 4,5% de quem realizou as provas de residência conseguiu sua tão sonhada vaga.

Em resumo, no mundo da medicina, se considerarmos 10.000 candidatos para ingressar na universidade, entre 100 e 200 irão conseguir. Desses 100 até 200 futuros médicos, entre 4 e 9 terão acesso ao período de residência ao sair da universidade.

Ok, tanto futebol quanto medicina são altamente concorridos e carreiras difíceis. Mas e aí?

Se fizermos um paralelo de como os candidatos à medicina se comportam aos candidatos a jogadores de futebol, qual conclusão chegaríamos? E os professores e profissionais do meio da saúde? Como eles preparam os alunos? Como os nossos gestores e treinadores de futebol preparam nossos talentos?

Existem diversos fatores, nas duas realidades, que se executados aumentam a probabilidade do candidato ser aprovado. Seja no futebol ou na medicina.

Queremos despertar um certo incomodo em você, que é ou quer ser jogador. Que trabalha ou quer trabalhar com futebol. Que vive ou quer viver o dia a dia dentro de um clube. O que você faz para se preparar? Quais fatores são relevantes diariamente para sua evolução? O que é inegociável no seu comportamento? O quanto você sabe sobre o esporte que pratica? O que sabe sobre o jogo de futebol e suas funções nele? O que pode fazer de diferente?

E você, que já é um desses 1% que viraram jogador profissional? Quer dizer que seu papel já está feito e agora é só aproveitar e esperar se aposentar? Você quem sabe. Essa possibilidade existe. Mas, usando a mesma analogia, você gostaria de consultar ou levar alguém da sua família para consultar com um médico que não se atualiza no que existe de novo em tratamentos? Um médico que não se cuida e sempre está cansado? Ou um médico que não entende do seu caso e faz apenas o procedimento padrão?

Está esperando o que? A realidade na sua profissão é uma só. Atualize-se, aprenda, inove, se informe e se capacite para sempre estar no ápice do seu potencial.

Nós, da OUTLIER FC, estamos aqui para identificar diversos fatores, dentro e fora de campo, para que a sua probabilidade de ter ainda mais sucesso no futebol aumente.

Entre em contato conosco e agende uma reunião para saber mais!

Diego Vieira

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